Engenheiros da Universidade Politécnica de Valência (UPV) desenvolveram um novo isolador sísmico que melhora a forma como os edifícios respondem a sismos. Batizado de Sisbrick, o produto para uso exclusivo em paredes divisórias combina materiais, que absorvem os movimentos sísmicos horizontais e que suportam e mantêm cargas verticais.
O que difere este material das restantes propostas disponíveis no mercado consiste na sua abordagem às paredes divisórias. “estas estruturas condicionam de forma muito grande a resposta do edifício a um evento sísmico”, afirmou Luís Pallarés, investigador da UPV, explicando que o mero ato de tornar as paredes divisórias mais resistentes “não aborda o dano mais geral causado por terremotos”.
“Servem, efetivamente, como uma barreira isoladora, evitando a transferência de carga destes elementos divisores para a estrutura principal. Ao fazerem-no, o seu impacto na integridade geral da estrutura no evento de um sismo é, em grande parte, reduzido”, explicou Pallarés. O produto também reduz significativamente a tensão entre as vigas e pilares e as paredes.
“Especificamente, as paredes divisoras que incorporam Sisbricks podem absorver movimentos horizontais de uma forma três vezes maior do que as que paredes que não os têm”, sublinha a universidade, explicando que isto se traduz “em muito menos tensão nas paredes de partição, o que significa que uma menor tensão é transferida para a estrutura do edifício durante sismos”.
O produto já patenteado pela UPV está sendo testado no que diz respeito aos isolamentos térmico e acústico, a fim de cumprir as especificações normativas. Agora, a instituição está à procura de investidores para viabilizar a fabricação e comercialização do Sisbrick.
Fontes:
- Construir
- Téchne
- PET Eng. Civil – UFJF
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