A construção civil é um ramo da engenharia que todos os anos gera uma grande demanda de obras por todo o país. No entanto, o sistema construtivo mais utilizado no Brasil ainda é o tradicional de concreto e alvenaria, que gera toneladas de resíduos todos os anos, é pouco econômico e precisa de mais agilidade, tendo em vista o constante crescimento do setor. Por outro lado, o poliestireno expandido (isopor) tem mostrado seu valor no mercado da construção civil.
Por ser constituído por 98% de ar e apenas 2% de plástico, o EPS possui baixas densidades, entre 10 a 39 kg/m³, ao mesmo tempo que sua estrutura atinge altas resistências mecânicas. Dessa forma, seu uso passa a ser favorável na indústria da construção civil, já que gera cargas menores e consequentemente estruturas mais leves. Além disso, trata-se de um bom isolante térmico e acústico, oferecendo mais conforto ao ambiente, baixa absorção de água, diminuindo a incidência de mofo, e 100% reciclável.
Com todas essas vantagens, o isopor já é utilizado em diversas etapas da construção, como lajes, telhas e elementos estruturais.
EPS em lajes:
O EPS é usado principalmente em lajes mistas. Esse tipo de laje utiliza treliças espaçadas, também chamadas de vigotas, cujo espaço entre elas é preenchido com isopor, fechado com tela metálica na parte superior e depois concretado.
Nessa peça, o poliestireno expandido atua apenas como material de preenchimento, e não como peça estrutural. Sua utilização garante que o elemento estrutural possa ser mais leve, diminuindo o consumo de concreto e armadura, bem como atua como um bom isolante térmico e acústico.
A praticidade em seu uso também é uma vantagem, já que suas fôrmas são leves e fáceis de manusear, dando agilidade para a obra.
EPS em telhas:
O isopor também pode ser utilizado em telhas, geralmente no formato “sanduíche”. Esse termo se deve ao fato do material ser inserido entre duas camadas de telha de zinco.
Devido às características do EPS, essa telha é eficiente no quesito conforto térmico e reduz os custos de energia relacionados ao condicionamento de temperatura. Além disso, não deve haver preocupações com infiltrações, mofos ou desgaste, por se tratar de um material com baixa absorção de água.
EPS como elemento estrutural:
O poliestireno expandido também pode ser usado como elemento estrutural. Mesmo sendo um material leve, ele ainda apresenta um bom resultado no quesito resistência mecânica, podendo ser utilizado como painel monolítico, por exemplo.
O painel monolítico de EPS consiste em uma placa de isopor pré-fabricada e armada com tela em ambos os lados. O material é transportado até a obra, posicionado, chapiscado e rebocado. Devido sua leveza, essa é uma alternativa que traz agilidade para a obra, além de possibilitar a utilização de fundações mais simples e econômicas, como o radier.
Esse sistema dispensa a utilização de pilares e vigas em obras de pequeno porte, já que suas paredes têm função estrutural. Além disso, é um sistema versátil, devido a facilidade de alteração das peças, cujo basta um alicate e uma serra para abrir uma janela ou uma porta.
O posicionamento das instalações elétricas e hidráulicas também é facilitado. Com o auxílio de um soprador térmico, o isopor “derrete” onde serão instaladas as tubulações e fiações elétricas, gerando o mínimo de resíduos.
Assim, o poliestireno expandido vem mostrando seu valor dentro do mercado da construção civil, sendo uma alternativa mais ágil e econômica para sua obra, ao mesmo tempo que traz mais conforto para a moradia e gera muito menos resíduos. Se estiver com dúvida no material que irá usar, vale a pena pensar nesse material.
Escrito por: Eluan Apolinário Pereira.
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